sábado, 13 de novembro de 2010

Prognóstico

Enquetes por todos os lados! Assim tem sido marcada a semana de decisão do titulo da Fórmula 1 Temporada 2010. Além dos sites e blog afeitos ao tema, até mesmo os jornais comuns tem promovido em seus espaços a pergunta: “quem será o campeão?”.
Não é pra menos. Ter quatro pilotos na decisão de um campeonato não acontece sempre. A bem da verdade, na F1, não tinha acontecido nunca [antes na história]. E todo mundo tem feito suas apostas.
Entre os entendidos – alguns adoram se passar por “entediados” só pra dar aquele “ar de superior” – tem gente que se arrisca a prognosticar. A base do que escrevem e/ou falam está ou no que aconteceu durante o ano; ou no que vem acontecendo na reta final; ou, ainda, em aspectos históricos.
Sem contar as subjetividades a que cada um tem direito, não é muito seguro vaticinar coisas nessa decisão tão interessante. Vamos lá:

1)    Alonso é o líder- tem a experiência de outras decisões, uma capacidade já testada e aprovada pela conquista de dois títulos; entretanto, não tem o melhor equipamento para a corrida. E ainda existe a McLaren que ameaça engrossar a parede entre Ferrari e RBR.

2)    Webber tem o grande carro do ano – tem o menor índice de abandonos entre os ponteiros; contudo, tem contra si um companheiro ultra veloz que resolveu andar tudo no final do campeonato e que é sujeito a chuvas e trovoada na hora de aceitar o tal jogo de equipe. Se fizer, vai ser na última curva do ano, pra fechar com bosta de vaca a decisão da temporada. Bosta de Touro, melhor dizendo.


3)    Vettel tem o carro de Webber e o talento de um Sub-Schumacher. Embora os pontos não lhe sejam confortáveis, após a lambança da Bélgica, Sebastian tem superado sistematicamente seu companheiro. Porém, a prova mais contundente de o que sua irregularidade pode provocar é a presença de Mark Webber na frente e com chances melhores que ele.

4)    Hamilton é o que se espera dele. O que complicou foi a McLaren “achar” que seu “canudinho” resolveria tudo e daria a seus pilotos condições de andar forte sempre em todas as pistas. O contraponto é a já famosa afobação que ao mesmo tempo, rende lances incríveis tanto quanto patéticos na pilotagem. Como a matemática não lhe é favorável, bem que pode se dar com ele aquele ditado: “de onde menos se espera daí é que não vem nada mesmo”. Mas Hamilton vai correr mais solto do que banqueiro protegido por Ministro do STF. Então, tudo pode acontecer. Vai ser um espetáculo a parte, pelo simples prazer de pilotar como se “não houvesse amanhã”.

Por isso, dar palpites é legal. Mas nada que possa sustentar em tom professoral uma aposta. Achar que apenas questões racionais e plenamente explicáveis garantem ao analista um encadeamento lógico de argumentos que permite fazer um prognóstico plenamente confiável pode muito bem reservar surpresas desagradáveis. Na F1 também pode aparecer o tal Sobrenatural de Almeida ® que bem pode ser o Homem do Pirulito ou qualquer outro “fator exógeno”. O mais seguro, por tanto, é vencer a ansiedade deixando bem claro que aposta e torcida podem até ter semelhanças, mas não são a mesma coisa.
Minha torcida: Mark Webber. Minha aposta: Fernando Alonso.

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